Petit Gateau
Há tempos vi uma receita no
fabuloso blog da Leonor de Sousa Bastos, Flagrante Delícia.
Antes de mais, o blog já vale uma visita só pelas fotos. Ela consegue fazer as
coisas mais banais parecer absolutamente decadentes e pecaminosas! Não ajuda
que a maior parte das receitas que ela lá publica sejam, de facto, verdadeiros
pecados, embora pecado maior fosse não as experimentar.
Esta receita, que ela apelida de
“não coulant”, é uma verdadeira maravilha, cuja maior qualidade é, também, o
seu maior defeito: faz 10 doses individuais, que devem ser congeladas antes de
cozinhar e que podem esperar no congelador até que a vontade surja. Escusado
será dizer que a vontade surge com uma rapidez incrível!
Para 10 pessoas (sem tirar nem
pôr, daqui,
porque, “why mess with perfection?!”)
6 ovos
160 g açúcar em pó (fiz duas
vezes, uma delas com açúcar normal)
225 g manteiga amolecida (manteiga mesmo, da verdadeira)
40 g maizena
60 g farinha de trigo (sem
fermento)
225 g chocolate em barra, com 70%
de cacau (usei o da marca Continente Gourmet, de que gosto bastante e não me
leva couro e cabelo)
Derreter o chocolate em
banho-maria. Bater a manteiga até estar cremosa. Juntar o açúcar e bater bem.
Juntar os ovos um a um, batendo bem entre cada um. Misturar a farinha e a
maizena e bater bem. A massa fica bastante líquida e é necessário bater bem
para que a farinha fique incorporada e sem grumos.
Deitar a massa em formas individuais
untadas e polvilhadas de farinha. A Leonor sugere formas de 5x6cm e 100 g de
massa em cada uma. Para não arriscar, fiz exactamente isso, mas não usei formas
de bolo, não tinha deste tamanho. Usei uns ramequins de louça que são do tamanho
certo. Levar ao congelador até que estejam completamente congeladas – eu fiz de
véspera e deixei-as no congelador até ao dia seguinte.
Aquecer o forno a 200º (a
primeira vez fiz a esta temperatura, mas cozeram demais, por isso desde aí
tenho feito a 220º). Quando estiver bem quente, colocar as formas directamente
do congelador (e não, as minhas formas de louça não partiram no forno) e deixar
cozer cerca de 20 minutos, até formarem uma crosta por fora, mas estarem bem
líquidos no meio (como aumentei a temperatura, cozi menos tempo – 15 a 16
minutos). Sugestão muito útil da autora da receita – fazer um primeiro teste
com um bolo e ajustar a cozedura.
Servir bem quente (acabado de
sair do forno), com uma bola de gelado. Pelo tempo que demora a cozer, estes
bolinhos são perfeitos para pôr no forno no início do jantar e comer quentinho
à sobremesa!
Estes bolinhos são, de facto,
caprichosos e acho que ainda não acertei totalmente com a fórmula da cozedura.
Para explicações mais detalhadas, sugiro a leitura atenta da receita da Leonor, incluindo os comentários. Há uma série de perguntas que algumas pessoas foram colocando e que me ajudaram imenso.
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